Em um trecho recente, o escritor e advogado Paulo Leme Filho aborda a questão da dependência química, focando na tendência de terceirizar responsabilidades. Ele argumenta que o dependente químico frequentemente atribui suas escolhas a fatores externos, como problemas conjugais, dificuldades familiares, insatisfação profissional ou até mesmo eventos esportivos. Essa externalização, segundo Leme Filho, impede o indivíduo de assumir o controle de sua própria vida e superar a dependência.
A superação da dependência química, de acordo com o autor, exige a responsabilidade pessoal. Parar de beber ou usar drogas deve ser uma decisão interna, independente de circunstâncias externas. Desemprego, separação, problemas familiares ou resultados de jogos não devem ser justificativas para o consumo. A chave para a recuperação reside na capacidade de reconhecer e assumir a responsabilidade pelas próprias ações e escolhas.
Leme Filho enfatiza a importância da autoconsciência e da autogestão na jornada de recuperação. Ao assumir a responsabilidade por suas escolhas, o indivíduo se empodera e se torna o agente principal de sua própria transformação. Essa mudança de perspectiva é fundamental para romper o ciclo vicioso da dependência e construir uma vida mais saudável e plena.
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