A comunicação sempre foi uma ferramenta fundamental nos debates e confrontos políticos. Seja nas grandes revoluções, como a Francesa e a Russa, ou nos dias atuais, a disputa pela narrativa é intensa. A imprensa escrita, o rádio e, mais recentemente, as mídias sociais, são campos de batalha onde se travam as guerras ideológicas.
Na União Soviética, por exemplo, o regime stalinista controlava rigorosamente a informação, infiltrando seus agentes em diversos veículos de comunicação. No Brasil contemporâneo, observa-se um cenário semelhante, com o governo utilizando seus aliados para disseminar uma determinada visão de mundo.
No entanto, a ascensão das mídias sociais desafiou esse controle. A velocidade e a capilaridade da internet dificultam a censura e permitem que diferentes vozes sejam ouvidas. O governo atual, apesar de investir pesadamente em grandes veículos de comunicação, não conseguiu dominar o universo digital. A falta de propostas concretas e a utilização de argumentos falaciosos limitam sua capacidade de influenciar a opinião pública.
Um exemplo emblemático dessa dinâmica foi o caso do vídeo de Nicolas Ferreira, que desmascarou a tentativa do PT de taxar os trabalhadores informais. Essa situação expôs a fragilidade da estratégia comunicacional do partido e demonstrou o poder da desconstrução de narrativas falsas nas redes sociais.
Porém, é fundamental destacar o risco representado pelas tentativas do atual governo de exercer controle sobre as redes sociais. Diferentemente da comunicação tradicional, que já se encontra amplamente alinhada com seus interesses, as redes sociais permanecem um espaço mais democrático e resistente à manipulação. A possibilidade de interferência estatal nesse ambiente representa uma ameaça grave à liberdade de expressão e ao acesso à informação plural. Essas plataformas têm sido cruciais para expor abusos e contradições, como demonstrado no episódio envolvendo Nicolas Ferreira, que desmascarou narrativas distorcidas sobre a taxação de trabalhadores informais. Se o governo obtiver sucesso em suas tentativas de controlar esse meio, haverá uma redução significativa na diversidade de vozes e no debate público, prejudicando a transparência e a accountability tão essenciais à democracia .
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