Internada desde 7 de fevereiro no Hospital do Mandaqui, uma mulher de 60 anos, diagnosticada com a Síndrome de Guillain-Barré, precisa urgentemente de um medicamento fornecido pelo SUS, mas enfrenta dificuldades para recebê-lo. Sua filha denuncia a dificuldade do diagnóstico e o atraso na medicação.
A idosa, que já perdeu os movimentos das pernas, enfrentou dificuldades para ser diagnosticada. “A primeira médica que atendeu ela nem olhou na cara dela direito. Ela fez procedimento com a tomo, passou por outro clínico geral, e foi o neurocirurgião do hospital que foi quem conseguiu diagnosticar a minha mãe”, relata a filha. O medicamento necessário, Imunoglobulina Humana, custa entre R$ 2.000 e R$ 3.500 por ampola, e são necessárias 30 unidades para o tratamento.
Mesmo com a gravidade do quadro, a paciente ainda não recebeu a medicação. Inicialmente, o hospital alegou falta de motoboy para retirar o remédio. Depois, informou que houve erro na papelada e que novos exames seriam necessários para confirmar o diagnóstico, mesmo após avaliação do neurocirurgião.
A filha também denuncia a dificuldade de comunicação com os médicos e a falta de informações sobre quando sua mãe seria medicada. “É uma doença que até 48 horas ela pode parar a respiração do paciente. Ela está internada desde sábado (8) e a gente já está no dia 11, e desse período para cá, o que mais a gente tem ouvido é que ela vai tomar essa medicação no dia seguinte”, relata a filha.
Sem respostas, a filha tentou registrar uma denúncia no canal do SUS, mas o sistema estava fora do ar, e não está conseguindo informações do hospital. “Quando eu peço algum contato, eles negam, falam que não tem como, que só no dia seguinte, na próxima visita. Eles vão ganhando mais tempo e a medicação não sai, e o caso da minha mãe só piora”, conclui a filha.
Comentários: